Unwanted Shapes é o nome do projeto que promete revolucionar os desportos de ondas, e permitir a transição do surf high-performance para as pranchas amigas do ambiente, isto, até ao ano de 2028.
O surf moderno, também conhecido como high-performance, obrigou a uma rápida evolução do material de surf para que este se tornasse o mais adequado possível ao surf progressivo. Pranchas leves e frágeis tomaram o lugar das antigas longboards pesadas e resistentes. O repentino avanço obrigou os shapers a focarem-se no desempenho das pranchas, e não tanto no impacto ambiental que estas poderiam vir a ter.
No artigo “Como reduzir o impacto ambiental do surfista”, aprofundamos o assunto relacionado com a pegada ambiental que os materiais de surf deixam, bem como as alternativas mais sustentáveis.
O paradoxo ambiental do surfista
Não obstante, é importante reter que o processo que levou à progressão técnica do surf a nível internacional criou o paradoxo ambiental do surfista.
Se por um lado o surfista é alguém que teoricamente se preocupa com a preservação do ambiente, e em especial, dos oceanos, por outro lado, o surfista é também ele responsável pela poluição direta dos oceanos. Os componentes presentes nas pranchas são químicos e extremamente nocivos. Desde o processo de construção da prancha, até ao momento em que ela fica inutilizável, a prancha em grande medida polui os oceanos, prejudicando a vida marinha.
Uma das soluções passa por comprar e vender material de surf em segunda mão, no entanto, parece agora surgir uma alternativa que promete revolucionar o surf.
O projeto Unwanted Shapes resulta de uma antiga parceria entre a empresa de comunicação e multimédia, MEO, o Turismo de Portugal, e a entidade responsável pela organização do circuito mundial de surf, a WSL, que em conjunto, têm o objetivo de tornar o surf mais sustentável.
À semelhança da Borasurfar onde temos como objetivo primordial dar uma nova vida à tua prancha, de forma a minimizar o impacto ambiental do surfista, o projeto Unwanted Shapes procura fazer o mesmo, no entanto, de uma forma ligeiramente diferente.
"Dare to test"
Fazer pranchas através de material reciclado com “impacto zero e full performance” é a premissa do projeto. Durante a conferência de imprensa da WSL, a diretora de marketing da MEO, Luísa Galeno, admitiu ainda que “a expectativa é que em 2028 todos os surfistas possam surfar nas pranchas do futuro.”. À data de hoje, esta será a 4a edição do Unwanted Shapes, e denomina-se por “dare to taste”, e serve como rampa de lançamento ao que poderá estar para vir no futuro próximo.
Quatro shapers, e marcas de renome internacional foram desafiadas a desenvolver dois exemplares de um modelo de pranchas. Uma “comum” e outra com a particularidade de ser feita apenas com material 100% sustentável. Entre os shapers estavam, Pyzel, Timmy Petterson, a Pollen e a Chilli.
Os surfistas portugueses Nic Von Rupp e Frederico Morais foram os atletas desafiados a testar as pranchas às cegas. Não literalmente. Entre o total das 8 pranchas, 4 modelos, 2 por cada marca, todas elas têm, esteticamente, o mesmo aspeto, ou seja, o surfista não conseguirá distinguir qual é a prancha “normal” e “a prancha do futuro”, como foram batizadas as pranchas sustentáveis.
Todo o processo foi gravado, pelo que irá estrear brevemente em formato digital, no entanto, podes já assistir ao trailer. “The Unwanted Shapes”
Enquanto as pranchas do futuro não estão disponíveis no mercado, na Borasurfar, procuramos, em conjunto, fazer a ponte entre o surf performance e a sustentabilidade.
Através da nossa plataforma podes não só comprar ou vender pranchas de surf em segunda mão, como poderás fazê-lo com todo o teu material de surf. É simples, e demora apenas alguns minutos. Tira fotos ao material, faz o login, e cria o teu anúncio. Está feito.
